A construção da matriz de indicadores da Ripsa foi pautada nos seguintes critérios: (i) relevância para a compreensão da situação de saúde, suas causas e consequências; (ii) validade para orientar decisões políticas e apoiar o controle social; (iii) identidade com processos de gestão do SUS; e (iv) disponibilidade de fontes regulares.
Esses critérios se mantêm no processo de revisão e atualização periódicas da matriz, que resulta em eventuais alterações, acréscimos e supressões de indicadores. Por esse motivo, a consistência da série histórica disponibilizada demanda atenção constante.
Convencionou-se classificar os indicadores em sete subconjuntos temáticos: (i) demográficos, (ii) socioeconômicos, (iii) morbidade, (iv) mortalidade, (v) recursos, (vi) cobertura e (vii) fatores de risco e proteção. Cada indicador é caracterizado na matriz pela sua denominação, conceituação, método de cálculo, categorias de análise e fontes de dados.
A produção de cada indicador é responsabilidade da instituição melhor identificada com a temática específica, a partir de fontes relevantes para a análise da situação de saúde, vinculadas ou não diretamente ao SUS: sistemas nacionais de informação, bases demográficas, pesquisas de base populacional e outras.
De maneira geral estão disponíveis, para cada indicador, dados desagregados por unidade geográfica (Grandes regiões, estados, Distrito Federal, regiões metropolitanas e, a partir de 2001, municípios das capitais), idade e sexo.
Dados sobre raça/cor e situação de escolaridade, quando disponíveis, são utilizados como proxy de condição social. Há ainda categorias de análise específicas a determinados indicadores como, por exemplo, a situação urbana ou rural do domicílio.
A matriz orienta a elaboração anual do produto “Indicadores e Dados Básicos (IDB)”, a partir do qual podem ser realizadas análises e informes sobre a situação de saúde no Brasil e suas tendências.